Irresponsável, Dino espalha “fake news” em canal oficial do Ministério da Justiça

Na segunda-feira (7), o ministro da Justiça, Flávio Dino, durante uma transmissão oficial da pasta para o lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública em Macapá (AP), fez críticas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Embora sem mencionar Zema nominalmente, Dino afirmou que o governador é alguém que supostamente deseja separar uma parte do Brasil, enfatizando que eles não querem isso e sim desejam a união do país.

Entretanto, é importante destacar que Zema nunca defendeu publicamente a separação do país. Em uma entrevista ao Estadão, publicada no último sábado, o governador de Minas Gerais falou sobre a possibilidade de uma união de estados do Sul e Sudeste para contrapor o Consórcio Nordeste. Ele destacou a importância dessa união, considerando o grande número de deputados representados, a relevância econômica e a expressiva parte da população que essas regiões possuem. Zema enfatizou que a ideia é buscar protagonismo econômico e político para essas regiões, mas não com o intuito de diminuir ou se opor a outras regiões do país.

Após as críticas do ministro, Zema foi ao Twitter para esclarecer sua declaração, reiterando que a união do Sul e Sudeste não é para diminuir outras regiões, mas sim para somar esforços. Ele enfatizou a importância do diálogo e da gestão para proporcionar mais oportunidades ao país e ressaltou que a distorção dos fatos pode provocar divisões, enquanto a força do Brasil está no trabalho conjunto e unido.

É relevante mencionar que Zema tem se tornado alvo de críticas da esquerda nacional e tem enfrentado acusações de xenofobia, entre outras. Ele publicou um vídeo para reforçar a ideia de que intrigas só confundem e atrapalham.

Essa não é a primeira vez que Flávio Dino critica Romeu Zema. Em outra ocasião, também sem citar nominalmente o governador, Dino mencionou o artigo 19 da Constituição que proíbe a criação de distinções entre brasileiros ou preferências entre eles. Além disso, ele citou uma frase de Ulysses Guimarães, dizendo que um traidor da Constituição é um traidor da Pátria.