Isenções são criminosas, diz ministro da Previdência Social do governo Lula
É estarrecedor e profundamente indignante ouvir o que o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, tem a dizer sobre as isenções fiscais no Brasil. Em uma declaração corajosa, ele afirmou ser “radicalmente contra” qualquer tentativa de retirar direitos de quem mais precisa, especialmente daqueles que dependem do INSS. Para ele, as isenções de impostos concedidas a certos grupos são, sem dúvida, “criminosas” e apenas perpetuam a desigualdade social que já é gritante em nosso país.
Como se não bastasse o cenário de precariedade que muitos brasileiros enfrentam, Lupi faz um apelo sincero: “Querer tirar de quem já tem pouco é, no mínimo, desumano.” É uma afirmação que ecoa a urgência de se repensar nossas prioridades como sociedade. Ao invés de buscar soluções que protejam os mais vulneráveis, muitos parecem preferir o caminho mais fácil — a retirada de direitos. O ministro coloca a questão de maneira incisiva: “Como a Previdência vai sobreviver se não tiver receita?” Isso levanta uma reflexão crítica sobre o papel do Estado em assegurar que todos contribuam, especialmente os grandes grupos econômicos que, segundo ele, frequentemente se esquivam de suas responsabilidades.
Recentemente, o Congresso Nacional aprovou um pacote colossal de isenções, uma manobra que Lupi considera extremamente prejudicial à sustentabilidade da Previdência. É como se estivéssemos assistindo a uma peça de teatro em que os atores principais, os grandes empresários, recebem aplausos por suas evasões fiscais, enquanto os verdadeiros protagonistas — os aposentados, pensionistas e beneficiários — ficam à mercê das decisões caprichosas de um sistema que parece não se importar com eles.
Lupi também fez um alerta necessário sobre a necessidade de “ir em cima dos grandes sonegadores” que estão devendo mais de R$ 300 bilhões à Previdência Social. É inaceitável que enquanto as isenções crescem, a dívida com a Previdência aumenta. E quem acaba pagando por isso? Os cidadãos comuns, aqueles que já carregam o peso da desigualdade nas costas. A eficiência da Previdência, como destacou Lupi, deve vir da cobrança de quem realmente não paga, e não da penalização dos mais fracos.
Essa situação é uma verdadeira afronta à dignidade humana e um chamado à ação: não podemos permitir que os desmandos de alguns sigam impunes enquanto os direitos dos mais vulneráveis são sacrificados em nome de uma política fiscal desonesta e desumana. É hora de exigir mudanças, de reivindicar justiça e de garantir que a Previdência cumpra seu papel fundamental de proteger aqueles que construíram este país.