Israel concede asilo a homossexual palestino
O Tribunal Administrativo de Tel-Aviv aprovou o pedido de asilo de um homem homossexual da Cisjordânia, marcando um precedente significativo para outros palestinos LGBT em situações de perigo devido à sua orientação sexual. A decisão foi divulgada pela agência hebraica Kan no último domingo, 4 de fevereiro.
O homem, de 29 anos, afirmou viver em Israel desde 2015, buscando refúgio devido à ameaça à sua vida nos territórios palestinos devido à sua identidade sexual. Ele relatou ter sido pressionado a revelar sua orientação sexual aos pais, recusando-se a casar com uma mulher escolhida por eles. A situação escalou quando seu pai o agrediu, chamando outros familiares para fazer o mesmo.
Após fugir de casa e entrar em Israel, o homem buscou ajuda por meio de uma organização que auxilia árabes LGBT na solicitação de visto de residência. Inicialmente, seu pedido foi negado, mas posteriormente foi concedida a permanência temporária.
A Autoridade de População e Imigração, agência governamental israelense, baseou-se na alegação de que o governo de Israel não é obrigado a conceder asilo a palestinos, citando que não estão sujeitos à Convenção de Refugiados da ONU. No entanto, a juíza de Tel-Aviv rejeitou esse argumento, determinando que palestinos da Cisjordânia têm o direito de solicitar asilo se estiverem em risco de perseguição sexual e política.
O ministro do Interior, Moshe Arbel, anunciou a intenção de apresentar recurso contra a decisão da juíza, afirmando ter discutido a questão com o Departamento de Justiça da Suprema Corte.