Israel recupera os corpos de dois reféns mortos em mãos do Hamas

Israel recupera os corpos de dois reféns mortos em mãos do Hamas

Após quase dois anos de angústia, famílias recebem confirmação da morte de Judy e Gadi Haggai, enquanto a guerra em Gaza intensifica o sofrimento da população civil.

Nesta quinta-feira (5), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que as forças israelenses conseguiram recuperar os corpos de Judy Weinstein-Haggai, de 70 anos, e Gadi Haggai, de 72. Os dois, cidadãos israelense-americanos, foram capturados pelo Hamas durante o ataque surpresa ao kibutz Nir Oz, em 7 de outubro de 2023, e estavam desaparecidos desde então na Faixa de Gaza.

Netanyahu declarou, emocionado, que os corpos finalmente foram devolvidos ao país, reforçando a dor e o sofrimento dessas famílias: “Que a memória de Judy e Gadi seja abençoada. Eles foram assassinados brutalmente e levados para Gaza.” A comunidade do kibutz destacou que Gadi era um músico apaixonado, chef vegano e amante dos esportes, enquanto Judy se dedicava à poesia, ao empreendedorismo e à defesa da paz e da convivência entre os povos.

A família dos Haggai, composta por quatro filhos e sete netos, expressou alívio e gratidão pela operação que permitiu esse desfecho, lembrando que eles “saíram para uma caminhada naquele sábado e nunca mais voltaram”. Eles também reconheceram o trabalho conjunto das Forças Armadas israelenses, do governo dos EUA e do FBI para trazer alguma resposta depois de tanto tempo.

Enquanto essa notícia marca um momento de tristeza e fechamento para alguns, o conflito na região segue com intensidade. A Defesa Civil da Faixa de Gaza, ligada ao Hamas, informou que pelo menos dez pessoas morreram em novos bombardeios israelenses em diferentes partes do território palestino, aumentando ainda mais a crise humanitária local.

Com a suspensão da distribuição de alimentos pela Fundação Humanitária de Gaza, que ocorre pelo segundo dia consecutivo devido a recentes incidentes violentos, a população palestina enfrenta uma grave escassez de suprimentos básicos. Esse cenário dramático se agrava ainda mais pela pressão política no Conselho de Segurança da ONU, onde os Estados Unidos vetaram uma proposta que pedia cessar-fogo imediato e a liberação dos reféns.

Desde o ataque do Hamas, mais de 1.200 israelenses perderam a vida, e 251 foram feitos reféns — 57 ainda permanecem em cativeiro, com pelo menos 34 confirmados mortos, segundo as autoridades israelenses. Por outro lado, o Ministério da Saúde do Hamas, cuja credibilidade é reconhecida pela ONU, aponta que mais de 54 mil palestinos, em sua maioria civis, morreram durante as operações militares israelenses.

Esse ciclo de violência sem fim mantém a região em um estado de dor profunda e incerteza para todos os envolvidos.

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