Israel se prepara para ação na Síria após queda de Assad

Israel se prepara para ação na Síria após queda de Assad

Colapso do regime sírio abre caminho para maior envolvimento militar israelense

Após a deposição de Bashar al-Assad na Síria, Israel indica que pode ampliar sua presença militar na região. O chefe do Estado-Maior Geral, Herzi Halevi, afirmou neste domingo (8) que o país já está atuando em quatro frentes de batalha no Oriente Médio: Cisjordânia, Faixa de Gaza, Líbano e, agora, território sírio.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou o envio de tropas para áreas desmilitarizadas nas Colinas de Golã, região parcialmente ocupada por Israel desde a década de 1960. Segundo Netanyahu, o objetivo é garantir a segurança dos israelenses que vivem próximos à fronteira com a Síria.

Quatro frentes de combate e ação estratégica
Halevi destacou a atuação integrada das forças israelenses. “Desde ontem, estamos em combate em quatro frentes. Tropas terrestres, infantaria, blindados, engenharia e artilharia estão atuando em conjunto com as forças aéreas, marítimas e de inteligência”, afirmou, referindo-se ao engajamento das Forças de Defesa de Israel (FDI) no território sírio.

Na madrugada deste domingo, um bombardeio atingiu uma base aérea em Damasco, e analistas apontam para a possível participação de Israel na operação. Embora o governo israelense não tenha assumido a responsabilidade, o ataque reflete uma estratégia mais assertiva na região após a queda do regime sírio.

Assad deposto em 12 dias
A deposição de Assad aconteceu após uma ofensiva de 12 dias liderada por grupos rebeldes, como o Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Aproveitando o enfraquecimento do Hezbollah e o envolvimento da Rússia no conflito ucraniano, os insurgentes avançaram rapidamente, culminando na tomada de Damasco.

Sem apoio suficiente de aliados estratégicos, Assad renunciou e deixou o país, mas seu paradeiro ainda é desconhecido. Para Netanyahu, a queda do regime é uma vitória estratégica: “Este colapso é fruto de nossas ações contra o Hezbollah e o Irã. Ele desencadeou uma reação em cadeia que libertou o povo sírio de um regime opressor”, afirmou o premiê.

O avanço israelense na Síria marca uma nova fase na política de segurança regional, sinalizando que o país está disposto a tomar medidas mais diretas para proteger seus interesses no Oriente Médio.

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