Janja Assume o Palco e Dá Tom Inaugural à Cerimônia de 8 de Janeiro

Janja Assume o Palco e Dá Tom Inaugural à Cerimônia de 8 de Janeiro

Mesmo sem ter cargo no governo, a primeira-dama foi escolhida por Lula para inaugurar o evento de 2 anos do 8 de Janeiro; na foto, Janja durante discurso…

Primeira-dama lidera discurso sobre democracia e restauração, destacando simbolismo do evento.

Na cerimônia que marcou os dois anos dos ataques aos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu uma protagonista inusitada para abrir os discursos: a primeira-dama, Janja da Silva. Sem ocupar um cargo formal no governo, Janja foi a primeira a falar no evento realizado no Palácio do Planalto, até mesmo antes da ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Por cerca de oito minutos, Janja discursou sobre a importância da democracia e a reconstrução simbólica das instituições atacadas. Ela destacou a restauração de obras de arte danificadas durante os atos antidemocráticos de dois anos atrás, afirmando que preservar o patrimônio histórico é parte do processo de fortalecer a memória coletiva e resistir às ameaças autoritárias.

“Memória é um antídoto contra as tentações autoritárias”, disse Janja, reforçando a necessidade de defender a democracia diariamente. Seu tom emocionado e assertivo deu à cerimônia um caráter simbólico, com foco na superação do trauma dos ataques.

A escolha de Janja para abrir o evento gerou comentários nos bastidores políticos, já que a primeira-dama tem assumido um papel de destaque em ocasiões públicas e na articulação de mensagens do governo. Para alguns, ela representa uma extensão da comunicação política de Lula, enquanto outros veem na escolha uma tentativa de humanizar o discurso institucional.

A cerimônia também contou com a apresentação das obras restauradas, incluindo o painel As Mulatas, de Di Cavalcanti, e peças históricas como o relógio de Balthazar Martinot, que simbolizam o esforço para reparar os danos materiais e emocionais causados pelos ataques.

Enquanto Lula e outras autoridades discursaram posteriormente, Janja definiu o tom do evento, reforçando a mensagem de que a democracia brasileira é resiliente e deve ser protegida por todos os cidadãos.

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