“Janja Desdenha Tragédia e Chama Homem-Bomba de ‘Bestão’”
“Falta de empatia ou descuido? Primeira-dama ironiza morte do homem”
Durante um evento do G20 no Rio de Janeiro, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, fez uma declaração que causou polêmica ao comentar o caso do homem-bomba Francisco Wanderley Luiz, que morreu ao tentar realizar um ataque na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Referindo-se ao homem como “bestão”, Janja afirmou: “Ele acabou se matando com fogos de artifício, mas enfim. Incrível.”
A fala ocorreu em um painel sobre regulação de plataformas digitais. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi convidado para o evento, mas não compareceu devido a questões de segurança, segundo Janja. Em tom jocoso, a primeira-dama mencionou o episódio para criticar os efeitos das redes sociais sobre a radicalização: “A gente ri, mas é sério. Olha só o que as redes sociais fazem na mente das pessoas.”
O comentário gerou reações imediatas, sendo interpretado por muitos como insensível, especialmente considerando o contexto de violência política crescente no Brasil. A ex-mulher de Wanderley revelou à Polícia Federal que o objetivo do ataque era assassinar Alexandre de Moraes.
Francisco morreu após detonar explosivos em frente ao STF, e outra explosão ocorreu em seu carro, estacionado perto do anexo 4 da Câmara dos Deputados. Apesar da gravidade da situação, a declaração de Janja foi vista como minimizadora da tragédia e abriu margem para críticas sobre a postura do governo frente a atos de extremismo político.
A ironia usada pela primeira-dama, em um momento tão delicado, acende um alerta sobre como líderes e representantes devem abordar temas sensíveis, especialmente em um país marcado por divisões ideológicas e episódios de violência cada vez mais frequentes.