
Janja reage a fala de Plínio Valério e sai em defesa de Marina Silva
Primeira-dama classifica declaração como misógina e presta solidariedade à ministra
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, usou suas redes sociais para condenar as declarações do senador Plínio Valério (PSDB-AM) sobre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Durante um evento no Amazonas, no último dia 14, Valério fez um comentário polêmico ao dizer que “tolerar Marina Silva por seis horas sem enforcá-la” seria um desafio.
Indignada com a fala, Janja classificou a declaração como um reflexo da “ignorância” e da “misoginia” do senador. “Uma mulher gigante, que um homem com a ignorância de Plínio Valério jamais vai conseguir enxergar. Sua fala carregada de ódio e de um desconhecimento sem tamanho é um reflexo de sua pequenez. Esse comportamento masculino mata mulheres todos os dias”, escreveu a primeira-dama.
Janja também exaltou a trajetória da ministra, chamando-a de “uma dádiva para o Brasil” e destacando sua importância na defesa do meio ambiente. “Você é gigante e não está sozinha”, afirmou.
No mesmo dia, Marina Silva comentou o episódio em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministra”. Para ela, a declaração do senador representa uma incitação à violência contra mulheres, principalmente as que ocupam cargos públicos e defendem pautas que desagradam determinados setores.
“Isso é dito porque sou uma mulher, uma mulher preta, de origem humilde, que defende uma agenda que muitas vezes confronta interesses de alguns”, afirmou a ministra. Marina também criticou o tom de brincadeira adotado por Valério, reforçando que ameaças à vida não podem ser normalizadas. “Com a vida dos outros não se brinca. Quem faz isso rindo só pode ser um psicopata”, disparou.
O episódio também repercutiu no Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil), chamou a fala do colega de “infeliz” e pediu que ele se pronunciasse sobre o ocorrido. “Embora tenha divergências com Marina Silva, não posso apoiar esse tipo de declaração agressiva e incitadora de violência”, disse Alcolumbre.
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