Janones Culpa “Tudo e Todos” pelas Explosões em Brasília, Exceto a Própria Incoerência

Janones Culpa “Tudo e Todos” pelas Explosões em Brasília, Exceto a Própria Incoerência


Deputado sob suspeita de rachadinhas mira extrema-direita em discurso inflamado, enquanto circunstâncias do ataque permanecem nebulosas.

Explosões na Praça dos Três Poderes: Janones dispara acusações e esquiva-se das próprias polêmicas

Na noite de quarta-feira (13/11), a Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi cenário de explosões que abalaram a tranquilidade da região. Diante da gravidade do ocorrido, o deputado federal André Janones (Avante-MG) aproveitou para apontar culpados em um post no X (antigo Twitter), culpando a extrema-direita por “qualquer coisa que respire perto das explosões”.

Sem economizar na retórica, Janones afirmou que os “extremistas são capazes de tudo pelo poder”, insinuando que o objetivo seria desviar a atenção de temas polêmicos no Congresso, como a PEC que visa alterar a escala de trabalho 6×1. “De fakeadas para eleger milicianos até explosões para mudar a pauta”, disparou ele, sem apresentar evidências concretas.

Janones no holofote: quando a acusação vira cortina de fumaça

Curiosamente, as acusações de Janones vieram em meio a outra pauta incômoda para o deputado: o Conselho de Ética da Câmara avalia suspeitas sobre seu envolvimento em um esquema de rachadinhas, prática em que parlamentares exigem devolução de parte do salário de assessores. O timing levantou sobrancelhas, com muitos questionando se o discurso inflamado não seria uma tentativa de distrair a opinião pública.

Enquanto isso, as circunstâncias das explosões permanecem pouco esclarecidas. O autor do ataque, identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, era filiado ao PL e já havia se candidatado a vereador. Apesar da associação política do homem, especialistas e autoridades ainda analisam as motivações do atentado, sem confirmar as alegações de Janones.

Hipocrisia em pauta?

A narrativa de Janones levanta a questão: até que ponto discursos como esse contribuem para o debate público? Ou será que servem apenas como uma cortina de fumaça para questões mais incômodas? Em tempos de tensão política, talvez seja hora de trocar acusações inflamadas por respostas mais concretas. Afinal, a explosão mais perigosa não é a de uma bomba, mas a do desgaste da confiança pública.

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