Jean Wyllys ataca Eduardo Leite por escola cívico-militar, e Eduardo reage
Prestes a ganhar cargo no governo
O ex-deputado federal Jean Wyllys, que voltou recentemente ao Brasil após um período de exílio autoimposto no exterior devido a ameaças que recebeu, criticou o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul (PSDB), por sua decisão de manter as escolas cívico-militares no estado, mesmo depois que o governo federal encerrou o programa iniciado pelo presidente anterior, Jair Bolsonaro (PL). Jean Wyllys, que também é gay, questionou a postura do governador, mencionando sua orientação sexual e sugerindo que alguns gays com homofobia internalizada podem desenvolver atração e fetiches por autoritarismo e uniformes, principalmente se forem brancos e ricos.
Em resposta à declaração de Wyllys no Twitter, o governador Eduardo Leite expressou sua decepção e denunciou o caráter preconceituoso do comentário. Ele destacou que tais comentários não contribuem para fomentar uma sociedade baseada no respeito e na tolerância. A troca de opiniões nas redes sociais atraiu atenção e reprovação, até mesmo de círculos progressistas.
Vale lembrar que Jean Wyllys voltou ao Brasil depois de passar quatro anos no exterior devido a ameaças de morte que recebeu. Apesar de ter sido reeleito para o terceiro mandato em janeiro de 2019, decidiu não assumir o cargo nos primeiros dias da presidência de Jair Bolsonaro. Ao retornar, foi recebido pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, e anunciou que assumiria cargo na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), em estreita colaboração com o ministro Paulo Pimenta.