Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, morre aos 100 anos após legado de paz e direitos humanos

Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, morre aos 100 anos após legado de paz e direitos humanos

De pequeno agricultor na Geórgia à Casa Branca, Carter se tornou um ícone global na defesa da democracia, conquistando o Nobel da Paz após um mandato conturbado.

Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, faleceu neste domingo (29), aos 100 anos, em sua casa em Plains, na Geórgia, cidade onde nasceu. A notícia foi confirmada por sua família, que destacou o impacto de sua vida e legado na luta pela paz e pelos direitos humanos.

Seu filho, Chip Carter, declarou: “Meu pai foi um herói, não só para mim, mas para todos que acreditam na paz, nos direitos humanos e no amor altruísta.” Ele ressaltou o esforço de Carter em unir o mundo em torno de valores de solidariedade e respeito à dignidade humana.

Durante sua presidência, Carter se destacou como um crítico veemente de regimes autoritários, incluindo a ditadura militar brasileira, e trabalhou ativamente por soluções pacíficas em conflitos internacionais. Sua atuação na mediação dos Acordos de Camp David, entre Israel e Egito, em 1978, e seu firme posicionamento contra as ditaduras latino-americanas foram marcos importantes de seu governo.

Aos 100 anos, Carter vivia sob cuidados paliativos desde fevereiro de 2023. Sua morte foi uma perda significativa, mas sua memória será celebrada com homenagens em várias cidades, incluindo Atlanta, Washington e Plains, onde ele será lembrado por sua incessante luta pela justiça e pela democracia. A causa de sua morte não foi divulgada imediatamente.

Antes de chegar à Casa Branca, Carter teve uma carreira política que incluiu cargos como senador e governador da Geórgia. Sua presidência, entre 1977 e 1981, foi marcada por desafios econômicos internos, como a crise de energia e inflação, e também pela crise dos reféns no Irã, que prejudicou sua imagem política.

Após deixar o cargo, Carter continuou sua trajetória em prol dos direitos humanos e da paz. Fundador da Fundação Carter em 1982, ele permaneceu ativo no cenário internacional, promovendo projetos de desenvolvimento e mediação de conflitos. Em 2002, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços incansáveis em prol da paz mundial e dos direitos humanos.

Carter também se dedicou à escrita, publicando diversos livros, e à construção de casas para famílias carentes, com uma fé profundamente enraizada em sua prática cristã. Ele é lembrado como um homem que usou seu poder e influência para fazer a diferença, lutando por um mundo mais justo até seus últimos dias.

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