João Campos assume PSB e tenta segurar Alckmin na chapa de Lula em 2026

João Campos assume PSB e tenta segurar Alckmin na chapa de Lula em 2026

Aos 31 anos, prefeito do Recife herda missão de fortalecer o partido e já mira o futuro da esquerda no pós-Lula

No coração de Brasília, neste domingo (1º), o prefeito do Recife, João Campos, foi oficialmente alçado à presidência nacional do PSB. Com apenas 31 anos, João assume o lugar de Carlos Siqueira, carregando uma missão que não é nada leve: fortalecer o partido de olho nas eleições de 2026 e, de quebra, garantir que o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, permaneça na chapa de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.

João é tratado como um rosto novo no PSB, mas carrega nas veias uma linhagem que fala alto na política pernambucana e nacional. É bisneto de Miguel Arraes, um dos maiores líderes do estado, e filho de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e ex-presidente do próprio PSB, que teve sua trajetória interrompida de forma trágica em 2014, num acidente aéreo durante a campanha presidencial.

De lá pra cá, João seguiu pavimentando seu próprio caminho. Foi reeleito prefeito do Recife em 2024 com uma votação esmagadora — mais de 70% dos votos — e, aos poucos, foi ganhando espaço e visibilidade no cenário político nacional, especialmente pela sua atuação moderna nas redes sociais.

Agora, na cadeira de comandante do PSB, ele tem um desafio que vai além das fronteiras de Pernambuco. Precisa manter o partido forte e, sobretudo, tentar segurar Alckmin como vice de Lula em 2026 — missão que está longe de ser simples. Isso porque dentro do próprio governo já há quem defenda trocar o PSB por siglas de maior peso no centrão, como MDB ou PSD, em busca de mais apoio no Congresso.

Além disso, o nome de Alckmin vem sendo especulado para outras disputas, como o governo de São Paulo — sonho antigo do ministro Márcio França — ou até uma vaga no Senado, em uma estratégia para barrar o avanço do bolsonarismo no estado.

Se conseguir vencer essa queda de braço, João Campos não só reforça seu papel no jogo, como também se consolida como uma das grandes apostas da esquerda para o futuro pós-Lula.

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