Juiz manda pagar R$ 1,3 milhão a ‘Pablo Escobar brasileiro’, mas dinheiro é bloqueado

Juiz manda pagar R$ 1,3 milhão a ‘Pablo Escobar brasileiro’, mas dinheiro é bloqueado

O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Campo Grande (MS), ordenou o pagamento de R$ 1,3 milhão ao ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como o “Pablo Escobar brasileiro” devido à sua relevância no tráfico internacional de drogas. No entanto, o dinheiro foi bloqueado devido a uma determinação da 14ª Vara Federal de Curitiba que determinou o sequestro dos bens e valores do ex-policial.

Esse valor milionário corresponde aos pagamentos de aposentadoria do ex-major entre os anos de 2011 e 2015, período em que ele foi dado como morto após forjar um atestado de óbito na Espanha. Em 2015, Carvalho entrou com uma ação contra a Agência do INSS de Mato Grosso do Sul (Ageprev), solicitando a revisão dos benefícios desse período e o pagamento de R$ 516.695,00.

Após anos de tramitação do processo, o juiz Marcelo Andrade determinou o pagamento do valor atualizado para R$ 1.313.732,01. No entanto, simultaneamente, o Ministério Público Federal no Paraná solicitou o sequestro desse montante devido às atividades criminosas do ex-policial.

Apesar de não ter acesso ao valor milionário da aposentadoria, Carvalho voltou a receber normalmente como servidor aposentado pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Mesmo estando preso na Bélgica, ele recebeu R$ 89.983,79 desde março, incluindo aposentadoria mensal e valores retroativos.

Sérgio Roberto de Carvalho, também conhecido por várias identidades, é um ex-policial militar que entrou para a reserva da PM de Mato Grosso do Sul em 1997. Ele possui diversas condenações por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Carvalho ganhou notoriedade ao enviar grandes quantidades de cocaína da América do Sul para a Europa, o que lhe rendeu o apelido de “Pablo Escobar brasileiro”. Ele foi preso na Hungria em 2022 e está atualmente detido na Bélgica, enfrentando pedidos de extradição do Brasil e dos Estados Unidos.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias