Juscelino Filho ganhou mais dinheiro público com viagens do que ministros receberam de salários

Juscelino Filho ganhou mais dinheiro público com viagens do que ministros receberam de salários

Até o mês de junho, o ministro Juscelino Filho, responsável pela pasta das Comunicações, teve despesas de R$ 222.525,42 em viagens a serviço. Isso significa que ele gastou, em média, mais de R$ 37 mil por mês com passagens internacionais e diárias em hotéis.

Comparando com outros ministros, Flávio Dino, que ocupa o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, recebeu uma remuneração líquida de R$ 29.249,25 em janeiro. Já o ministro Fernando Haddad, lutando pela aprovação de diversas medidas econômicas no governo federal, acumulou, somando seus salários até maio, um total de R$ 136.958,75.

Durante o mesmo período, Juscelino Filho obteve mais de R$ 211 mil apenas para cobrir suas viagens. No entanto, informações detalhadas sobre os salários do ministro não foram encontradas no Portal da Transparência, diferentemente da maioria dos outros ministros.

Os salários dos ministros de Estado podem variar devido a critérios como bonificações eventuais, outras ocupações em órgãos públicos e deduções obrigatórias. Segundo os registros, a remuneração bruta dos ministros de Estado era de R$ 39.293,32 até março, mas posteriormente foi corrigida para R$ 41.650,92.

As deduções obrigatórias, incluindo imposto de renda e previdência oficial, normalmente somam cerca de R$ 9.936,30 até março e R$ 10.584,64 a partir de abril. Isso resulta em uma média de remuneração líquida de cerca de R$ 30,6 mil mensais para os ministros. Considerando essa média, estima-se que Juscelino Filho tenha recebido cerca de R$ 183,6 mil nos seis primeiros meses do ano.

O ministro Juscelino Filho também esteve envolvido em polêmicas relacionadas ao uso de recursos públicos em suas viagens, incluindo o recebimento de diárias questionáveis em agendas que envolvem estadas prolongadas em seu estado de origem, o Maranhão, e também em viagens para outros locais, como São Paulo e Portugal. Em algumas dessas ocasiões, houve inconsistências na prestação de contas, levantando suspeitas sobre o uso irregular de dinheiro público.

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