
Justiça aponta evasão de investigados no caso 8 de janeiro que rompem tornozeleiras
Relatório do TJ-SP revela falhas no monitoramento eletrônico e determinações mais rigorosas de Moraes
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) enviou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, um relatório informando sobre o rompimento de tornozeleiras eletrônicas por quatro investigados dos atos de 8 de janeiro. Esses indivíduos, que cumprem medidas cautelares, foram identificados como foragidos. O relatório detalha a violação de 12 investigados, com nove deles registrando algum tipo de descumprimento das condições impostas.
O ministro Moraes havia determinado, no início de fevereiro, a necessidade de relatórios quinzenais sobre o cumprimento das medidas cautelares, uma tentativa de reforçar o controle sobre os investigados. Entre as infrações registradas, houve tentativas de remoção das tornozeleiras e a constatação de que um dos investigados ficou fora de sua residência durante o período noturno, por três dias consecutivos.
Em resposta à situação, o juiz Flávio Artacho, responsável pelo caso, afirmou que os investigados não estão mais em seus endereços, embora não tenha havido informações sobre descumprimento de outras medidas, como o uso de redes sociais. A situação continua a ser monitorada de perto, com Moraes insistindo no rigor nas medidas de fiscalização, em um contexto onde o inquérito envolve acusações de terrorismo, tentativa de golpe e outros crimes graves relacionados aos eventos de 8 de janeiro.
Essa abordagem mais firme visa garantir o cumprimento das penas, diante das investigações que abrangem atos de violência e desrespeito ao Estado Democrático de Direito.