Justiça concede prisão domiciliar a ex-policial condenado por assassinato de petista

Justiça concede prisão domiciliar a ex-policial condenado por assassinato de petista

Decisão ocorre menos de 24 horas após condenação

O ex-policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio do petista Marcelo Aloizio de Arruda, recebeu autorização para cumprir sua pena em prisão domiciliar. A decisão foi tomada pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), menos de 24 horas após a sentença proferida pelo Tribunal do Júri de Curitiba.

Guaranho, que antes do julgamento já cumpria prisão domiciliar devido a problemas de saúde, havia sido transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais após a condenação. No entanto, no sábado (15), ele obteve a permissão para retornar à prisão domiciliar, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

A defesa do ex-policial alegou que seu estado de saúde exige acompanhamento médico constante, impossibilitando sua permanência no presídio. Com base nesse argumento, foi apresentado um pedido de habeas corpus em segunda instância, o qual foi concedido de forma liminar pelo desembargador Scaff. O TJPR ainda avaliará o mérito da decisão.

Repercussão e polêmica

A decisão gerou grande repercussão. Nas redes sociais, Scaff afirmou que Guaranho “não foi posto em liberdade e continuará preso em regime domiciliar devido ao seu estado físico”. A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, criticou a medida, afirmando que o desembargador “não tem isenção para decidir sobre o caso” e que a decisão é um “tapa na cara da Justiça”.

O crime ocorreu em 2022, quando Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que tinha tema em homenagem ao PT e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A discussão entre os dois terminou em tragédia, com Guaranho atirando em Arruda, que também revidou. O caso teve grande repercussão por seu contexto político.

Agora, resta aguardar a análise final do Tribunal de Justiça do Paraná sobre o cumprimento da pena de Guaranho.

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