Justiça de SP suspende início de operação de barcos na represa Billings
A operação dos barcos na represa Billings, na zona sul de São Paulo, teve seu início suspenso novamente pela Justiça, atendendo a uma solicitação do Ministério Público. A liminar foi concedida devido a preocupações com possíveis impactos ambientais decorrentes da falta de adequação dos estudos de impacto ambiental que embasaram a construção do sistema hidroviário.
Embora reconheça os benefícios em termos de mobilidade que a operação traria para a região, o juiz responsável pela decisão destacou a importância de evitar uma implantação precipitada que possa causar danos ao reservatório de água.
O Ministério Público apresentou estudos que indicam que as embarcações podem ter um calado maior do que o previsto inicialmente, o que poderia resultar na dispersão de poluentes na água, incluindo bactérias e algas com toxinas.
Este é o quarto adiamento do início da operação do transporte hidroviário na Represa Billings pela Prefeitura de São Paulo. O serviço, que visa beneficiar cerca de 385 mil passageiros da região do Grajaú e Cantinho do Céu, deveria ter começado a funcionar até setembro de 2023, mas tem sido adiado repetidamente devido a preocupações e questões não resolvidas.