Justiça do Reino Unido absolve Greta de acusação de ‘desordem pública’
Nesta sexta-feira (2), o Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, retirou as acusações contra Greta Thunberg relacionadas a uma manifestação contra a indústria dos hidrocarbonetos ocorrida em 17 de outubro do ano passado. A ativista ambiental havia sido indiciada por perturbar a paz pública e resistir às forças policiais.
Durante o segundo e último dia da audiência, o juiz do Tribunal de Primeira Instância determinou que os policiais que acusaram Thunberg não foram precisos em suas instruções e impuseram condições “ilegais”. No dia do incidente, outros 25 manifestantes foram detidos juntamente com a ativista de 21 anos.
A polícia havia prendido Greta por desobedecer a uma ordem de não bloquear a rua onde ocorria o Fórum de Inteligência Energética, frequentado por líderes de empresas de petróleo e gás. Thunberg está sujeita a uma multa de até 2.500 libras (cerca de R$ 15,7 mil) pelas acusações.
Após algumas horas de detenção, a ativista participou de uma segunda manifestação no dia seguinte contra o fórum. Na quinta-feira (1º), Greta Thunberg se declarou inocente durante a audiência. O juiz considerou que as condições impostas pela polícia aos ativistas foram “injustificadas” e que outras medidas poderiam ter sido implementadas para resolver o bloqueio das vias. Consequentemente, quem não respeitou essas regras impostas pelos agentes “não cometeu crime”. As outras 25 pessoas detidas na manifestação foram igualmente liberadas.