Justiça Eleitoral nega representação do PSOL após Marçal publicar direito de resposta de Boulos com “tela preta”
A Justiça Eleitoral rejeitou a denúncia do PSOL contra o candidato do PRTB, Pablo Marçal, após ele ter publicado o direito de resposta do concorrente Guilherme Boulos com uma “capa” de tela preta. A publicação foi feita na madrugada de terça-feira (3), e a campanha de Boulos acusou Marçal de tentar “minar o alcance” da postagem, ao ocultar o conteúdo com uma imagem sem graça e ao escolher um horário em que o engajamento é baixo.
A estratégia de Marçal, de fazer com que a resposta de Boulos parecesse menos visível ao público, gerou uma reação imediata da equipe de Boulos. O PSOL entrou com uma representação na Justiça, pedindo que Marçal fosse forçado a repostar o vídeo em seu formato original, com uma duração de 48 horas para garantir que o público tivesse a chance de vê-lo.
No entanto, o juiz Murillo D’Avila considerou que a resposta de Boulos foi suficientemente divulgada e alcançou seu objetivo, apesar da capa preta e do horário tardio da postagem. Até o momento, o vídeo já contabiliza cerca de sete milhões de visualizações, o que demonstra que o conteúdo conseguiu atingir um público significativo.
Marçal foi obrigado pela Justiça Eleitoral a publicar o vídeo de resposta após fazer uma acusação infundada contra Boulos, associando-o ao uso de drogas. No vídeo, que tem 1 minuto e 53 segundos, Boulos desmentiu a acusação, chamando-a de “absolutamente mentirosa”.
Enquanto a campanha de Boulos optou por não comentar a decisão, a assessoria de Marçal ainda não se pronunciou sobre o caso. O desenrolar deste episódio adiciona mais um capítulo à já tumultuada corrida eleitoral em São Paulo.