Justiça Federal Condena Oito Envolvidos em Plano de Sequestro contra Sergio Moro
Criminosos do PCC planejaram usar ex-juiz como moeda de troca para libertar líder da facção.
A Justiça Federal no Paraná condenou oito pessoas envolvidas em um plano arquitetado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar o senador e ex-juiz Sergio Moro. A investigação, conduzida sob sigilo pela Operação Sequaz, revelou que o objetivo do grupo era retaliar medidas de segurança implementadas por Moro enquanto ele era ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro.
O Plano e a Retaliação
O PCC teria planejado o sequestro como uma forma de pressionar pela libertação de Marcola, um dos principais líderes da facção, que cumpre pena de mais de 300 anos por diversos crimes. Durante o período de preparação, os criminosos monitoraram a casa de Moro em Curitiba por cerca de uma semana. Além disso, a facção planejava ataques simultâneos no Paraná e em São Paulo.
Condenações e Queima de Arquivo
Entre os condenados, três receberam penas de 11 a 14 anos de prisão em regime fechado, enquanto os demais foram sentenciados ao regime semiaberto, com penas entre 5 e 8 anos. No decorrer do processo, dois suspeitos foram mortos dentro de presídios, o que as autoridades suspeitam ser uma queima de arquivo por parte do PCC.
Reação de Sergio Moro
O senador comemorou a decisão judicial e reforçou a necessidade de identificar o mandante do crime. Em suas redes sociais, Moro agradeceu às instituições envolvidas na investigação e declarou que o combate ao crime organizado continuará sendo uma de suas prioridades no Senado. Ele também defendeu que o PCC seja tratado como uma organização terrorista, citando episódios de violência, como os ataques de 2006 em São Paulo e recentes tentativas de assassinato e sequestro de autoridades.
“Não nos curvaremos a criminosos”, declarou Moro. Ele afirmou que seguirá defendendo leis mais rigorosas e penas severas contra o crime organizado no Brasil.
