Justiça mantém prisão de suspeita de injúria racial que agrediu PM em SP

Justiça mantém prisão de suspeita de injúria racial que agrediu PM em SP

Mulher entrou em mercado na zona oeste da capital e ofendeu funcionárias com termos racistas

A Justiça decidiu manter a prisão de Rita Aparecida, acusada de injúria racial e desacato a policiais durante um incidente na semana passada em um mercado na zona oeste de São Paulo. Em audiência de custódia, a prisão em flagrante da mulher foi convertida em preventiva.

Na quarta-feira, dia 31, Rita foi filmada ofendendo funcionárias de uma unidade da rede de mercados Oxxo no bairro Perdizes. Nas imagens, ela aparece proferindo ofensas racistas, quebrando mercadorias e tentando agredir as atendentes.

A mulher, que afirmou ser filha de policiais federais e “de família italiana com orgulho”, acusou uma das atendentes, que é negra, de ser traficante de drogas e disse que não queria “gente desse tipo morando no bairro”. Veja o vídeo abaixo:

Após as agressões no mercado, Rita retornou ao prédio onde mora, a cerca de 100 metros da loja. A Polícia Militar foi chamada e solicitou que a suspeita descesse até a portaria. Ao descer, Rita afirmou que estava sangrando e, ao ser informada pelo policial que seria levada à delegacia, começou a ofendê-lo.

Durante a discussão, Rita tentou virar de costas para ir embora e o policial tentou segurá-la, momento em que ela virou e deu um tapa no rosto do agente. O PM a derrubou no chão e a imobilizou.

O caso foi registrado como injúria racial, injúria, resistência e desacato no 91º DP (Ceasa). A rede Oxxo informou, em nota, que acionou imediatamente as autoridades competentes e está prestando todo o suporte aos colaboradores envolvidos.

As funcionárias do mercado que foram vítimas pediram transferência de unidade, temendo que a mulher fosse solta e retornasse ao local, já que é vizinha da loja.

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