Justiça mantém prisão de suspeitos de assassinar PM a tiros em Belo Horizonte
A Justiça em Minas Gerais determinou a manutenção da prisão de dois suspeitos envolvidos na perseguição que resultou na morte do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos. O policial foi baleado duas vezes na cabeça na noite da última sexta-feira (05) no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte. Em audiência de custódia no domingo (08), a prisão em flagrante dos criminosos foi convertida para prisão preventiva.
A decisão foi tomada pela juíza Juliana Miranda Pagano, que considerou as circunstâncias do crime como “gravíssimas”. Além de atirarem no sargento, os suspeitos também teriam atacado outros policiais, disparando contra a viatura policial. A magistrada destacou a complexidade da mobilização policial necessária para capturar os acusados, enfatizando a evidente violência direta contra os militares.
Roger Dias da Cunha estava hospitalizado com duas balas na cabeça, passou por duas cirurgias e recebeu nove bolsas de sangue. Apesar dos esforços médicos, seu estado de saúde foi considerado irreversível, e ele veio a falecer, conforme anunciado pela porta-voz da corporação.
Os suspeitos, de 25 e 30 anos, enfrentam acusações graves, incluindo homicídio qualificado contra autoridade e porte de arma de fogo. O autor dos disparos, com 18 registros criminais, estava em saída temporária devido às festividades natalinas, mas tinha um mandado de prisão pendente por não retornar ao sistema prisional. O segundo suspeito, com 15 passagens na polícia, estava em liberdade condicional.
A Polícia Civil ratificou a prisão em flagrante dos suspeitos, que foram autuados por diversos crimes, incluindo tráfico, posse de arma de fogo e tentativa de homicídio. A investigação continua em curso. O caso envolveu uma abordagem policial na qual Roger Dias da Cunha foi alvejado por tiros após o suspeito ignorar ordens de parada e disparar contra o policial.