Justiça ordena despejo da sede do Partido de Pablo Marçal em São Paulo por dívidas acumuladas
PRTB possui três meses de atraso no pagamento do aluguel, conforme ação
Na sexta-feira, 13 de setembro de 2024, a Justiça decidiu pelo despejo do diretório estadual do PRTB em São Paulo, uma decisão que lança mais sombra sobre o partido liderado por Pablo Marçal. A ordem de desocupação vem em meio a uma dívida impressionante de mais de R$ 220 mil em aluguéis não pagos.
O drama se desenrola no bairro de Indianópolis, na zona sul de São Paulo, onde o PRTB está sediado. O partido, que já está em atraso com o pagamento há três meses, deve deixar as instalações até o dia 24 de setembro, conforme a decisão da juíza Paula da Rocha e Silva, da 36ª Vara Cível. A notificação para o despejo foi emitida após o partido ignorar um aviso extrajudicial enviado em 22 de agosto.
Dívidas e Problemas de Administração
O valor total da dívida inclui R$ 163 mil em aluguéis atrasados e uma multa de R$ 60 mil, que corresponde a três vezes o valor do aluguel. Essa situação levanta sérias questões sobre a capacidade de gestão financeira do partido. “Se eles não conseguem nem administrar as contas do próprio partido, como pretendem administrar a cidade?” questiona Giovanni Gentili, advogado da empresa Teanjes, dona do imóvel.
Leonardo Avalanche: O Nome por Trás da Dívida
Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, é o responsável pelo contrato de locação. Além de presidir o PRTB e ser um dos maiores apoiadores de Pablo Marçal, Avalanche tem outros problemas financeiros. Ele enfrenta uma ordem de despejo em Goiânia, onde ele e sua esposa acumulam uma dívida de R$ 334 mil por aluguéis e impostos atrasados, além de multas por ocupação irregular. A situação é ainda mais tensa com mensagens ameaçadoras enviadas por Avalanche aos proprietários do imóvel goiano.
O Impacto das Dívidas na Política
O cenário financeiro caótico do PRTB e as questões pessoais de Leonardo Avalanche adicionam uma camada de turbulência à já complicada trajetória de Pablo Marçal. A incapacidade de gerir as finanças do partido pode refletir negativamente em sua imagem e em sua capacidade de administrar a cidade de São Paulo, caso seja eleito. A situação ressalta a fragilidade e os desafios enfrentados pelo partido e por seus líderes, em meio a um cenário eleitoral cada vez mais competitivo e cheio de reviravoltas.