“Justiça que indigna: Alexandre Nardoni recebe aval para férias no Guarujá”

“Justiça que indigna: Alexandre Nardoni recebe aval para férias no Guarujá”

Após assassinar a própria filha, Nardoni desfruta de benefício judicial para ‘bom convívio’ familiar

É difícil não se revoltar com a decisão que permite a Alexandre Nardoni, condenado por matar sua filha Isabella em 2008, tirar “férias” no litoral paulista. Sob o pretexto de ressocialização, a Justiça autorizou que ele passe o fim de ano na mansão da família, em Guarujá, entre 23 de dezembro e 3 de fevereiro.

A defesa alegou que o réu precisa garantir um “bom convívio” com os filhos para justificar o benefício. No entanto, soa como um tapa na cara de quem ainda se lembra do caso brutal que chocou o país. Afinal, como aceitar que um homem condenado por um crime tão hediondo desfrute de privilégios enquanto a vítima, sua própria filha, teve sua vida ceifada de forma cruel?

Regras que parecem brincadeira

A decisão inclui algumas “condições”: Nardoni deve permanecer em casa entre 20h e 6h, não frequentar bares ou casas de jogos e comprovar seu retorno após o período autorizado. Um salvo-conduto ainda foi emitido para assegurar que seus “direitos” sejam respeitados pelas autoridades.

Alexandre Nardoni cumpre pena de mais de 30 anos por homicídio qualificado, mas, ao que parece, a punição está longe de refletir a gravidade do crime. Enquanto a família de Isabella lida com a dor eterna de sua perda, o assassino agora se prepara para desfrutar de um veraneio privilegiado.

A banalização da Justiça

A decisão expõe a fragilidade de um sistema que parece ignorar o impacto de suas concessões sobre a sociedade. Em nome de uma suposta ressocialização, Nardoni é premiado com um benefício que dificilmente seria estendido a outros condenados.

Mais do que uma simples decisão judicial, este caso é um retrato de uma Justiça que frequentemente prioriza os interesses de réus privilegiados, enquanto ignora o clamor de uma sociedade que pede punições compatíveis com a gravidade dos crimes.

Quando a ressocialização se transforma em regalia, o recado é claro: o peso da Justiça no Brasil continua a pender para quem tem recursos e argumentos bem elaborados, mesmo que o histórico do condenado grite por rigor.

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