Justiça revoga ordem de prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima
A Justiça, numa dessas viradas que só vemos no Brasil, decidiu revogar a ordem de prisão preventiva contra Gusttavo Lima. Tudo aconteceu na tarde desta terça-feira (24), pelas mãos do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso. A mesma Justiça que tinha decretado a prisão do cantor na segunda-feira (23) por meio da juíza Andréa Calado da Cruz, acabou mudando de ideia. Isso mesmo, em menos de 24 horas, o sertanejo passou de procurado para livre. E detalhe: ele já estava longe, confortavelmente em um voo privado, rumo a Miami, enquanto aqui o circo pegava fogo.
A revogação também anulou a apreensão do passaporte e do registro de arma de Gusttavo Lima, tudo ligado à Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo casas de apostas online, como a Vai de Bet, da qual ele detém 25% desde junho. E não é só ele. Deolane Bezerra, também na mira, já tinha recebido habeas corpus e deixado a cadeia.
Na decisão que suspendeu o pedido de prisão, o desembargador não economizou palavras. Para ele, as razões para prender Gusttavo não passavam de “meras ilações” – ou seja, especulação pura. E foi mais longe, dizendo que o cantor não estava acobertando ninguém, mesmo tendo viajado com dois sócios da Vai de Bet que viraram foragidos logo depois. Segundo o magistrado, quando Gusttavo embarcou para a Grécia, no começo de setembro, os dois sócios ainda não eram considerados fugitivos.
Agora, a defesa de Gusttavo Lima – que, claro, celebrou a decisão como se fosse mais um hit – reforça que tudo foi feito na legalidade, com transações bancárias devidamente registradas e contratos cheios de cláusulas de compliance. Eles afirmam que o cantor tem uma “vida limpa” e que, a partir de agora, vão correr atrás para limpar a imagem dele, que ficou arranhada nessa confusão.
A Justiça havia decretado a prisão do cantor com base na suspeita de que ele estava envolvido com fugitivos, especialmente após a tal viagem à Grécia com o casal Rocha, sócios da Vai de Bet. A operação também mira na Balada Eventos, empresa de Gusttavo Lima, que teria vendido aeronaves para o grupo investigado. As autoridades ainda apontam que as empresas ligadas ao cantor receberam quase R$ 50 milhões de casas de apostas desde 2023.
Enquanto isso, o espetáculo continua, com cada capítulo parecendo mais um roteiro de novela policial. Gusttavo Lima, por enquanto, segue cantando e voando alto, enquanto o caso vai se desenrolando nos bastidores da Justiça.