Laboratório que produzia maconha ‘gourmet’ na Bahia é fechado pela polícia
A produção contava, inclusive, com sistema de irrigação, estufa e forno.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) de Ilhéus identificou, em operação conjunta com a Polícia Civil de Unaí/MG e a Polícia Militar da Bahia, nesta quarta-feira (18), um laboratório de produção intensiva de maconha no município de Irecê, na Bahia. O local é o segundo do tipo encontrado em uma semana.
A produção era do tipo de maconha chamado de “gourmet”, que tem alto teor de tetra-hidrocarbinol (THC) e é produzida com sementes importadas, provavelmente da Europa. O laboratório funcionava em escala industrial, com irrigação motorizada e estruturas para manejo e secagem da droga.
Mais uma prova do absurdo em que estamos mergulhados: a polícia desarticula um laboratório de produção de maconha em Irecê, na Bahia, e o que se encontra por lá é algo que parece mais uma linha de montagem de uma fábrica do que uma simples plantação de drogas. Estamos falando de uma operação quase industrial, com irrigação automatizada, estruturas para secagem e processamento, tudo funcionando com precisão cirúrgica, como se fosse uma indústria gourmet, mas do crime.
Os responsáveis, claro, fugiram assim que as autoridades chegaram, como ratos abandonando um navio afundando. O que eles deixaram para trás é um exemplo claro de como o tráfico se profissionalizou. Não é mais aquele traficante escondido na esquina, mas sim uma organização com tanto recurso financeiro que poderia ser confundida com uma empresa de alto nível, só que ao invés de produzir algo legítimo, eles alimentam a desgraça de milhares de famílias, fornecendo para facções criminosas pelo país.
O mais revoltante é ver como a criminalidade vai ganhando terreno, explorando cada brecha. Aqui, estamos falando de um laboratório onde se produziam toneladas de maconha por hectare, ano após ano, como se fosse um agronegócio do inferno. Enquanto isso, a polícia corre atrás, tentando apagar incêndios sem fim, e os verdadeiros responsáveis seguem desaparecidos, prontos para montar o próximo laboratório em algum outro canto. É uma dança macabra, onde sempre quem perde é a sociedade, que fica refém dessa engrenagem suja e brutal.