Lesa Pátria: PF apreende 110 mil dólares e 26 mil euros com alvo de operação
Ação mira em financiadores, principalmente quem bancou acampamentos em frente aos quartéis do Exército após as eleições de 2022
Na quinta-feira (29), a Polícia Federal (PF) realizou a 25ª fase da operação Lesa Pátria, apreendendo 110 mil dólares e 26 mil euros com um dos investigados em Tocantins. O Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu um total de 34 mandados judiciais, incluindo 24 de busca e apreensão, três de prisão preventiva e sete de monitoramento com tornozeleira eletrônica.
Os mandados foram cumpridos em diversos estados, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal. Nesta fase, a PF concentrou esforços em financiadores, especialmente aqueles que apoiaram acampamentos em frente aos quartéis do Exército após as eleições de outubro de 2022.
Dois dos alvos de prisão são empresários de uma rede varejista no Distrito Federal, identificados como Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Xavier de Andrade. Um deles é apontado como mantenedor do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, enquanto o outro teria feito doações ao acampamento.
De acordo com as investigações, os empresários teriam organizado um grupo de WhatsApp para arrecadar fundos destinados ao aluguel de lonas para os acampados. Além disso, eles forneciam alimentos e água semanalmente aos manifestantes, além de contribuírem financeiramente para os banheiros químicos instalados na Praça dos Cristais, em Brasília.
A defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Xavier de Andrade afirmou que não teve acesso à decisão do STF e destacou seu compromisso em esclarecer os fatos perante a instância máxima, mantendo respeito às instituições e à democracia. O grupo ao qual os empresários são acionistas também expressou sua posição contra o vandalismo e a intolerância política, defendendo a democracia baseada em diferentes pensamentos, mas sem violência.