Líder supremo do Irã pede que Estados muçulmanos cortem laços políticos com Israel
O líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, instou os Estados muçulmanos a interromperem seus laços políticos com Israel por “um período limitado”, de acordo com informações divulgadas pela mídia estatal do país neste domingo (19). Esta declaração ocorre algumas semanas após o apelo anterior de Khamenei para um embargo islâmico de petróleo e alimentos contra Israel.
Khamenei expressou sua insatisfação com alguns governos islâmicos que condenaram os atos de Israel apenas verbalmente, enquanto outros não o fizeram. Ele afirmou que esta postura é inaceitável e reiterou sua crença de que a principal responsabilidade dos governos islâmicos deveria ser cortar os fornecimentos de energia e bens para Israel.
“Os governos islâmicos deveriam, pelo menos, cortar os laços políticos com Israel por um período limitado”, acrescentou o líder supremo.
Essa posição foi reforçada após uma cúpula conjunta entre membros da Organização para a Cooperação Islâmica e a Liga Árabe, onde os Estados muçulmanos não chegaram a um consenso sobre a imposição de sanções amplas a Israel, conforme solicitado pelo presidente iraniano, Ebrahim Raisi, em 11 de novembro.
Khamenei fez essas declarações durante sua participação em uma exposição que destacava as “últimas conquistas” da Força Aeroespacial do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, incluindo o Fattah 2, uma nova versão do que é considerado o primeiro míssil hipersônico do Irã. Em junho, o Irã revelou o que afirmou ser seu primeiro míssil balístico hipersônico de produção nacional, alegando que o equipamento pode contornar os sistemas de mísseis antibalísticos mais avançados dos Estados Unidos e de Israel.