Lindbergh Farias ameaça manifestantes que foram ao ato pela democracia: ‘Vão para a Papuda’

Lindbergh Farias ameaça manifestantes que foram ao ato pela democracia: ‘Vão para a Papuda’

Em 21 de fevereiro, quatro dias antes do ato pela democracia, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou a tribuna da Câmara para ameaçar os manifestantes. Segundo o parlamentar, os cidadãos que iriam à Avenida Paulista seriam presos assim que voltassem do protesto.

No discurso, Lindbergh Farias disse que ir à manifestação seria equivalente a comprar uma passagem direta para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ali estão os presos pelos atos do 8 de janeiro de 2023.

“Vai ser preso”, afirmou o petista, referindo-se a um parlamentar que confirmou a presença no ato pela democracia. “Vai ficar demonstrado que, quem for na passeata do dia 25, está defendendo e é cúmplice de uma tentativa de golpe.”

A resposta a Lindbergh Farias

Centenas de milhares de pessoas foram à Avenida Paulista, numa manifestação em defesa da democracia e das liberdades asseguradas pela Constituição de 1988. O evento teve a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, de governadores — como Tarcísio Gomes de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Jorginho Mello (SC) e Romeu Zema (MG) — e do prefeito paulistano, Ricardo Nunes. Mais de 200 políticos compareceram.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo não registrou nenhum incidente. Não há relatos de cartazes nem faixas. As únicas bandeiras em riste foram a do Brasil e de Israel; todos os presentes reforçaram o apoio ao povo judeu na guerra contra os terroristas do Hamas. As agressões de Lula a Israel no exterior — alvo de um pedido de impeachment no Congresso — foram lembradas pelos participantes.

O pedido está amparado na Lei 1079/50, chamada de Lei do Impeachment. O artigo constitucional diz que é crime de responsabilidade “auxiliar, por qualquer modo, nação inimiga a fazer a guerra ou a cometer hostilidade contra a República”.

A imagem aérea captada por helicópteros é impressionante: desde 2016, no auge do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o país não se mobilizava com tamanha intensidade. O ponto central foi dito pelo próprio Bolsonaro: “Como temos um presidente sem povo?”, em referência à solidão de Lula nas ruas e nas redes sociais.

FONTE: Revista Oeste

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