Lindbergh tenta replicar Nikolas, mas enfrenta fiasco nas redes
Vídeo do petista é ofuscado pelo sucesso estrondoso do adversário, que já ultrapassa 300 milhões de visualizações
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) tentou adotar a mesma fórmula de sucesso do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), ao publicar um vídeo com estética semelhante, mas o resultado não foi o esperado. Enquanto a gravação de Nikolas atingiu impressionantes 308 milhões de visualizações, o conteúdo de Lindbergh, mesmo compartilhado por perfis oficiais do PT, mal ultrapassou 800 mil reproduções.
Tentativa frustrada de desmascarar adversário
No vídeo, gravado com fundo escuro e traje preto, Lindbergh prometeu refutar as afirmações de Nikolas sobre a normativa da Receita Federal relacionada ao monitoramento do Pix. Apesar da promessa de desmontar “fake news”, o petista focou em críticas vagas e ataques pessoais, sem trazer novos argumentos que pudessem engajar o público ou mudar a percepção popular.
Nikolas Ferreira, por outro lado, alavancou sua crítica ao governo Lula com um discurso direto e recheado de provocações, o que impulsionou o sucesso de sua publicação.
Cenário político e repercussões
O tema ganhou ainda mais relevância devido à crise de confiança no governo, especialmente após a polêmica envolvendo a Receita Federal e sua tentativa de ampliar o monitoramento de transações como o Pix. Enquanto Lindbergh mencionava o apoio de Nikolas a medidas do governo Bolsonaro, como a taxação de produtos importados, o deputado mineiro manteve o foco no descontentamento atual com a gestão petista.
Outros nomes da oposição ao governo Lula, como Guilherme Boulos (PSOL-SP), também se posicionaram contra Nikolas, chegando a desafiá-lo para um debate e anunciando ações judiciais por suposta disseminação de desinformação. No entanto, faltaram detalhes claros sobre as alegações de fake news.
Desgaste político e liberdade de expressão
O episódio evidencia a dificuldade de lideranças do PT em dialogar com a nova dinâmica das redes sociais. Enquanto figuras como Nikolas Ferreira dominam essas plataformas com discursos afiados e alta capacidade de engajamento, ações reativas do governo e de seus aliados vêm sendo vistas como insuficientes ou desconectadas da realidade popular.
A disputa, mais do que uma questão de audiência, reflete o embate ideológico e a luta por narrativas em tempos de crescente polarização política e digital. O resultado reforça a necessidade de uma comunicação mais eficiente por parte do governo e seus representantes, que parecem estar perdendo terreno na batalha pelo espaço virtual.
