Lula criticou privatização da Eletrobras foi “crime de lesa-pátria”

Lula criticou privatização da Eletrobras foi “crime de lesa-pátria”

“Esse negócio de destruir tudo o que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor, é mentira. O setor privado tem que ser bom e o Estado tem que ser bom”, afirmou Lula após reunião no MME.

Durante uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no Ministério de Minas e Energia (MME), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à privatização da Eletrobras, concluída em junho de 2022 sob o governo de Jair Bolsonaro (PL). Lula qualificou a privatização como um “crime de lesa-pátria” e expressou sua frustração ao encontrar a empresa privatizada após retornar ao cargo de presidente.

Lula lamentou a venda da Eletrobras, afirmando que a empresa deveria ter um papel tão significativo quanto o da Petrobras. Ele criticou a ideia de que o setor privado seria sempre superior ao público, enfatizando que tanto o setor privado quanto o estatal devem ser eficientes. “Não quero um Estado máximo nem um Estado mínimo”, declarou.

Na mesma reunião, Lula assinou um decreto visando aumentar a oferta de gás natural e reduzir seu custo para a indústria, o que, segundo ele, ajudará a tornar o gás um componente acessível da cesta básica dos brasileiros. O decreto também concede mais poderes à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para gerir toda a cadeia de gás e reduzir a reinjeção do produto.

Além disso, o presidente defendeu a necessidade de uma nova política de mineração, sugerindo que o Brasil deve aproveitar seus recursos minerais para promover o crescimento econômico e reduzir a pobreza, em vez de depender apenas de programas de distribuição de renda.

Lula também comentou sobre a Petrobras, ressaltando que a estatal deve ir além do petróleo e gás, investindo em pesquisa e inovação para apoiar o crescimento das empresas brasileiras.

Por fim, o presidente criticou o governo Bolsonaro por ter enfraquecido instituições como o Ministério da Cultura, e afirmou que o país precisou ser reconstruído após o período anterior.

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