Lula declara que Petrobras é ‘do povo e do presidente’ e volta a criticar Lava Jato: ‘Quadrilha no Ministério Público’
Durante um evento em Curitiba, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a Petrobras “também pertence ao presidente da República” e aproveitou a ocasião para relembrar seu período de prisão, além de criticar a operação Lava Jato.
Na cerimônia de reativação das operações da Fábrica de Fertilizantes Araucária, com investimentos da Petrobras, Lula emocionou-se ao falar de seu orgulho em vestir a camisa da estatal. Ele expressou o desejo de visitar a sede da Petrobras para declarar que a empresa “pertence ao povo brasileiro e, portanto, ao presidente da República”. Lula também lamentou os ataques direcionados aos funcionários da empresa, que foram rotulados como “ladrões”.
— Já disse para a Magda que quero voltar e visitar a sede da Petrobras, entrar na sala dela, vestindo essa camisa (da Petrobras), e dizer ‘a Petrobras é do povo brasileiro, e se é do povo, é também do presidente da República’ — declarou Lula.
O presidente também relembrou seu período de prisão na sede da Polícia Federal em Curitiba, mencionando que recebeu sugestões para deixar o país, mas decidiu se entregar às autoridades. Sem citar nomes, Lula se referiu ao senador Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato, como “insignificante” e acusou os procuradores envolvidos na operação de agirem como uma “quadrilha” dentro do Ministério Público.
— Antes de eu ir para a PF, recebi conselhos de amigos que sugeriram que eu fosse para o exterior ou buscasse refúgio em uma embaixada. Mas, toda noite, eu refletia: como ficariam meus amigos, que sempre acreditaram em mim? E minha família? Como seria ler uma manchete dizendo ‘Lula, fugitivo procurado’? Então, tomei a decisão mais sábia: entregar-me à PF, enfrentar aquele juiz insignificante, aqueles procuradores que formavam uma quadrilha dentro do Ministério Público. Fui lá para provar minha inocência.