Lula Defende Regulação das Redes Sociais e Combate ao “Colonialismo Digital”

Lula Defende Regulação das Redes Sociais e Combate ao “Colonialismo Digital”

Presidente critica concentração de poder nas plataformas e faz referência a tentativa de golpe contra a democracia.

O Lula defendeu, durante a cerimônia de posse do novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, a necessidade de uma regulação urgente das redes sociais. Lula destacou a crescente concentração de poder nas chamadas “oligarquias digitais”, observando que, sem uma legislação específica, as plataformas têm se tornado um espaço de disseminação de desinformação e ódio, criando um poder absoluto que não respeita as fronteiras dos países.

Segundo o presidente, é essencial avançar na criação de um “arcabouço jurídico robusto” que possa garantir uma competição justa entre as plataformas e, ao mesmo tempo, proteger crianças, mulheres e minorias. Lula alertou também sobre o que classificou como “colonialismo digital”, onde as grandes corporações digitais dominam o espaço, excluindo vozes e impondo suas próprias agendas.

“Golpe contra a Democracia”

Lula também abordou, em seu discurso, a investigação em curso pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil, que teria envolvido até planos de assassinato contra ele, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente fez um paralelo com o retorno do fascismo e a ascensão de novas forças autoritárias pelo mundo. Ele enfatizou que no Brasil, a intolerância política chegou ao ponto de tentar um golpe contra a democracia, destacando os métodos violentos que lembram os tempos da ditadura militar. “Esses episódios têm por trás os mesmos ideais autoritários, os mesmos métodos violentos e os mesmos agentes saudosos da ditadura”, disse.

A Luta Pela Justiça

Lula também relembrou sua experiência durante a prisão em Curitiba, quando suas condenações foram posteriormente anuladas pelo STF, destacando a importância da advocacia combativa. Ele fez referência ao trabalho de seu advogado Cristiano Zanin, atual ministro do STF, e como esse apoio foi fundamental para garantir a prevalência de sua inocência diante do abuso de poder que ele acredita ter sido orquestrado por aqueles que tentaram distorcer a justiça para seus próprios interesses.

O presidente concluiu seu discurso reiterando a importância da luta pela democracia, enfatizando que todos devem estar unidos para preservar as liberdades e os direitos no Brasil.

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