Lula: ‘Derrotamos Bolsonaro, mas ainda temos que derrotar o bolsonarismo nas ruas’
Lula usa o discurso de ódio que diz combater
O presidente Lula da Silva (PT) aproveitou a celebração do aniversário do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), para reforçar suas recentes críticas aos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os quais ele classifica como extremistas. Durante o evento que também marcou a posse da nova diretoria do sindicato, que é o berço político de Lula, ele enfatizou que embora Bolsonaro tenha sido derrotado nas eleições, os “bolsonaristas” ainda representam um desafio.
Lula mencionou o episódio em que o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi supostamente agredido no Aeroporto de Roma e relacionou isso ao clima de extremismo que ele considera ter sido deixado por Bolsonaro. O ex-presidente criticou a conduta desse tipo de seguidor, descrevendo-os como “malucos na rua ofendendo pessoas” e enfatizou que essas atitudes impedem o país de ter um ambiente mais “civilizado”. Ele também condenou publicamente o brasileiro acusado de atacar o ministro do STF, chamando-o de “animal selvagem” e defendeu que “essa gente” precisa ser “extirpada”.
Dirigindo-se à plateia formada por operários, sindicalistas e políticos de esquerda, Lula afirmou que seu governo está combatendo a fome no país e mencionou uma suposta queda no preço da carne, destacando que isso favorece o acesso da população à “picanha” em momentos especiais com a família. Ele evitou detalhar a prometida revisão da reforma trabalhista, mas mencionou o projeto para garantir igualdade salarial entre homens e mulheres em funções equivalentes.
Lula concluiu afirmando que seu mandato será dedicado a melhorar a vida dos brasileiros e enfatizou que seu compromisso não é com os banqueiros, mas sim com a classe trabalhadora.