Lula diz que não quer Forças Armadas em favelas e, que, enquanto for presidente, não haverá GLO

Lula diz que não quer Forças Armadas em favelas e, que, enquanto for presidente, não haverá GLO


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou novamente o papel dos militares em seu governo, criticando a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula afirmou que o que ocorreu em 8 de janeiro em Brasília foi um “desvio” de um líder que tentou usar as instituições para seus próprios interesses políticos. Ele reiterou a ideia de manter os militares em serviço ativo afastados da política e enfatizou que não planeja empregá-los em operações de segurança no Rio de Janeiro.

“Não desejo a presença das Forças Armadas em áreas como as favelas, envolvidas em confrontos com criminosos. Esse não é o papel das Forças Armadas”, declarou o presidente durante um encontro matinal com jornalistas nesta sexta-feira, 27. Lula também foi firme ao afirmar que não utilizará o dispositivo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante seu mandato. “Enquanto eu estiver na presidência, a GLO não será aplicada. Fui eleito para liderar este país e é isso que farei”, assegurou.

Lula destacou que a situação no Rio de Janeiro requer uma abordagem colaborativa de todas as forças de segurança, cada uma atuando dentro de seus limites. “No entanto, não vamos realizar intervenções abruptas, como aconteceu recentemente, em que houve um grande gasto com o Exército no Rio de Janeiro e nada foi resolvido. Quando se faz uma intervenção de forma abrupta, os criminosos apenas se afastam temporariamente”, afirmou o presidente.

Sobre os militares, o presidente afirmou que seu governo está trabalhando para demonstrar à sociedade que “militares e civis não são superiores uns aos outros; ambos são brasileiros e ambos estão sujeitos à Constituição”.

Lula concluiu abordando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece que militares que desejem entrar na política devem se desligar das Forças Armadas. “Eles não podem ingressar na política e depois retornar às fileiras militares”, enfatizou o presidente.

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