
Lula é Atualizado sobre Pactos Fiscais: Haddad Defende Justiça Tributária e Equilíbrio Econômico
Ministro da Fazenda detalha propostas discutidas com o Congresso e diz que mudanças vão atingir os “ricos da cobertura”, protegendo a população comum
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta terça-feira (10) que apresentou ao presidente Lula um balanço das conversas mantidas no domingo (8) com líderes do Congresso Nacional. De volta ao Brasil após uma viagem à França, o presidente foi atualizado sobre as pautas mais recentes da área econômica em uma reunião com integrantes da base do governo.
“Levamos ao presidente tudo que foi debatido. Agora o material está com a Casa Civil, que acompanha a redação final das propostas. A expectativa é que isso chegue à mesa dele ainda hoje”, declarou Haddad ao deixar o Palácio da Alvorada.
O ministro reforçou que as medidas são voltadas principalmente para os setores mais ricos, citando mudanças na taxação de apostas esportivas e ajustes no mercado financeiro. “São ações que não afetam a rotina do povo trabalhador. Estamos falando de quem vive na cobertura. É uma agenda de justiça tributária, e por isso eu a endosso”, afirmou.
Entre os pontos destacados está a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, com compensação por meio de maior tributação sobre altas rendas. Também foi mencionada a criação de uma alíquota de 5% sobre investimentos hoje isentos, como LCI e LCA — medida que, segundo o ministro, visa corrigir distorções e tornar o sistema mais equilibrado.
“Essas ações ajudam a derrubar juros, a reduzir o dólar e a melhorar o ambiente econômico. Com elas, conseguimos garantir o cumprimento das metas fiscais deste e do próximo ano — e isso é essencial para reorganizar a economia e manter o crescimento em torno de 3% ao ano, com inflação em queda”, argumentou.
Haddad também comentou o IPCA, índice oficial da inflação, divulgado mais cedo, que veio abaixo do esperado. Segundo ele, o resultado já reflete a confiança do mercado na estabilidade dos preços. “É isso que queremos ver: uma inflação convergente com a meta”, concluiu.