Lula é primeiro presidente a diminuir a presença feminina no STF
Ao designar um homem para preencher a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada pela aposentadoria da ministra Rosa Weber, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva torna-se o primeiro chefe do Executivo a optar por reduzir a representatividade feminina na Corte.
Isso marca uma mudança em relação ao histórico de Lula, que, em seu primeiro mandato, elevou a participação de mulheres no STF, passando de uma para duas ministras. Antes disso, ao longo de 109 anos desde a criação do STF em 1891, a Corte não teve nenhuma ministra até a nomeação de Ellen Gracie por Fernando Henrique Cardoso em 2000.
Durante o primeiro mandato de Lula, em 2006, Cármen Lúcia foi indicada para preencher a vaga deixada por Nelson Jobim, resultando na presença de duas mulheres no STF. A sucessora de Ellen Gracie, Rosa Weber, foi indicada por Dilma Rousseff em 2011, mantendo essa representação feminina até setembro de 2023, quando Weber se aposentou.
Desde então, todas as indicações feitas pelos presidentes Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro foram de homens, sem ocupar vagas anteriormente ocupadas por mulheres. Atualmente, com a saída de Rosa Weber, Lula terá a oportunidade de indicar um novo ministro, e sua escolha de um homem diminuirá a representatividade feminina no STF, contrariando a tendência anterior de aumento. Lula já havia declarado anteriormente que não utilizaria critérios de gênero em sua escolha, enfatizando a importância de selecionar alguém que atenda aos interesses do Brasil.