Lula garante: “A direita não volta” — será que já sabe o resultado de 2026?
Em Paris, presidente diz com todas as letras que a extrema direita está fora do jogo eleitoral no Brasil — e deixa no ar a dúvida: tanta certeza vem da urna ou do sistema?
Em passagem por Paris neste sábado (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não economizou nas palavras ao comentar sobre as eleições de 2026. Com um tom de quem já leu o roteiro todo, Lula afirmou que a extrema direita não voltará a governar o Brasil, acusando seus adversários de sustentarem discursos negacionistas, mentirosos e, nas palavras dele, “muitas vezes até canalhas”.
“A extrema direita não vai ganhar aquela eleição. E não será inteligência artificial ou fake news que vai mudar isso”, declarou, como quem já sabe o placar antes do apito inicial. A fala foi feita em entrevista coletiva à imprensa, ao lado da Torre Eiffel — e com um ar de superioridade que poderia muito bem ser confundido com spoiler.
Questionado sobre o futuro político do ministro Fernando Haddad, Lula desviou com o charme habitual: “Você acha que eu seria louco de responder isso agora, aqui em Paris?” — e complementou que ainda é cedo para bater o martelo sobre nomes e cargos.
“Quando chegar o ano que vem, a gente conversa. Vamos mapear o Brasil e ver quem cabe em qual vaga”, disse o presidente, como quem já tem as peças guardadas para um tabuleiro em que a vitória, segundo ele, já está desenhada.
A certeza de Lula, no entanto, provoca um arrepio cívico: se o jogo ainda nem começou, de onde vem essa confiança toda? Experiência política ou uma confiança cega no mesmo sistema eleitoral que foi questionado por seus opositores em 2022? Seja como for, Lula deixou claro: na cabeça dele, a volta da direita não está nem no radar.
