Lula lamenta morte de brasileiro refém do Hamas: “Imensa tristeza”
O presidente também afirmou que o Brasil não vai desistir até que todos os reféns sejam libertados
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comentou sobre a morte de Michel Nisenbaum, encontrado morto pelas forças de defesa de Israel durante uma operação de resgate de reféns israelenses mantidos pelo Hamas, na última quinta-feira (23/5).
Corpo de brasileiro refém do Hamas é recuperado por Israel
“Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel”, disse Lula em uma publicação no X (antigo Twitter).
O presidente também informou que o Brasil “continuará lutando” e “engajado nos esforços para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo e a paz para os povos de Israel e da Palestina”.
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De acordo com o governo israelense, Michel foi assassinado em 7 de outubro, no dia do ataque do grupo terrorista em Israel, e teve o corpo sequestrado e guardado desde então. O Itamaraty ainda não comentou ou confirmou a informação do governo israelense.
Além de Michel, os corpos de Hanan Yablonka e Orion Hernandez também foram encontrados.
“Seus corpos foram resgatados durante a noite durante uma operação conjunta das FDI e da ISA em Jabaliya, e trazidos de volta para Israel. Continuaremos operando para trazer todos os nossos reféns de volta para casa. Que a memória deles seja uma bênção”, comunicaram as forças de defesa de Israel na manhã desta sexta-feira (24/5).
Uma das filhas de Michel, Hen Maluf, comentou a notícia da morte do pai. “Quem diria que essa seria nossa história, que esse seria seu fim. Nosso Papi, o coração está partido”, escreveu em uma rede social.
Quem é Michel Nisenbaum
De acordo com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), Michel estava indo buscar a neta, de quatro anos, quando foi surpreendido pelo ataque do Hamas, em 7 de outubro.
Michel nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, mas tinha dupla nacionalidade e também era cidadão israelense. Ele morava em Israel há mais de 40 anos e residia na cidade de Sderot quando desapareceu.
Ele era técnico em informática, mas havia começado a atuar como guia turístico. Segundo a Isto É, também era voluntário na Rescue Union, como condutor de ambulância. Michel deixa duas filhas e cinco netos.