
Lula Lamenta Tragédia em Igreja Histórica de Salvador
Presidente presta solidariedade após desabamento que matou turista paulista
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nesta quarta-feira (5) sobre o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador. O acidente resultou na morte de uma turista paulista e deixou outras cinco pessoas feridas.
“Com tristeza e pesar, soube do desabamento do teto da Igreja e Convento de São Francisco de Assis, em Salvador, que resultou em uma vítima fatal e deixou outras pessoas feridas”, escreveu Lula nas redes sociais.
O presidente também afirmou que o governo federal está à disposição para ajudar as autoridades locais tanto no apoio às vítimas quanto na reconstrução da igreja, considerada um dos marcos históricos mais importantes do país. “Expresso minha solidariedade aos familiares e amigos de Giulia Panchoni Righetto, jovem que perdeu a vida na tragédia, e a todas as vítimas que ficaram feridas”, completou.
Investigações em andamento
A Polícia Civil da Bahia abriu uma investigação para apurar as causas do acidente. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) será responsável pelo caso. Segundo as autoridades, Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, era natural de Ribeirão Preto (SP).
O Corpo de Bombeiros informou que o teto desabou em um momento de pouco movimento dentro da igreja, o que pode ter evitado um número maior de vítimas. As demais pessoas feridas sofreram apenas lesões leves e não correm risco de morte.
Um patrimônio em risco
Conhecida como a “igreja de ouro”, a Igreja de São Francisco de Assis foi construída no século 18 e é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo. Seu interior é ricamente decorado com talha dourada e azulejos portugueses.
A Defesa Civil de Salvador apontou que o desabamento pode ter sido causado pelo rompimento de parte da estrutura da cobertura, levando o peso da madeira e do teto a ceder completamente. “Todo o espaço central da igreja desmoronou. Possivelmente, alguma parte dessa cobertura se rompeu e, com o peso da estrutura superior, a madeira veio abaixo”, explicou Sósthenes Macedo, coordenador da Defesa Civil.
Essa não foi a primeira vez que a igreja apresentou sinais de desgaste. Em 2023, um dos pátios do templo foi parcialmente interditado devido ao risco de queda do pináculo direito, que precisou ser removido. Na época, já havia sinais de deterioração no teto e no revestimento interno do prédio.
Agora, resta aguardar as investigações para entender o que levou ao colapso de um dos mais importantes patrimônios históricos do Brasil e quais medidas serão tomadas para evitar novas tragédias.