Lula participou do desfile de 7 de Setembro em Brasília, mas a grande ausência não foi ele, e sim o povo.
A Esplanada dos Ministérios, que em outros tempos vibrava com a multidão, estava praticamente deserta
No desfile de 7 de Setembro deste ano, Lula apareceu como se estivesse desfilando numa avenida praticamente vazia, como quem organiza uma festa e esquece de convidar os amigos. Enquanto no passado recente a Esplanada dos Ministérios fervilhava de gente, hoje o cenário era desolador, com mais policiais do que público. Quem esperava um espetáculo patriótico, encontrou algo mais parecido com um ensaio mal organizado. E, claro, quem tentou se aproximar teve de lidar com tumulto e filas intermináveis, que pareciam ser mais parte da atração do que o próprio desfile.
O presidente chegou em carro aberto, cumprimentando autoridades e dando início ao desfile. Na agenda, temas como o G20, a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes e a ampliação dos serviços de saúde. Ah, e não podemos esquecer do Zé Gotinha, que circulou por ali como um lembrete simpático das campanhas de vacinação, num momento em que até ele parecia mais popular do que o próprio evento.
E por falar em público, onde estava ele? Circulam imagens nas redes sociais mostrando os gramados da Esplanada praticamente desocupados, o que deixou até os brasilienses boquiabertos. Como alguém no evento disse: “Cadê o povo? Tá morto isso aqui!” — uma descrição irônica para um desfile que deveria simbolizar a vitalidade da independência do Brasil, mas que mais parecia uma comemoração de feriado qualquer, sem entusiasmo e sem alma.
Se na época de Bolsonaro esses eventos eram mais como festivais lotados, agora com Lula, parecem mais uma matinê esquecida. A organização tentou salvar a situação dizendo que 30 mil pessoas apareceram, mas, sinceramente, quem estava lá viu algo bem diferente. Se esse foi um prenúncio do futuro dos eventos cívicos no governo atual, pode ser que o desfile de 7 de Setembro acabe virando um daqueles compromissos que ninguém mais se importa de perder.