Lula rebate críticas por cortes e promete novos programas sociais: “Ricos ganham 4 vezes o Bolsa Família”

Lula rebate críticas por cortes e promete novos programas sociais: “Ricos ganham 4 vezes o Bolsa Família”

Presidente anuncia ao menos três iniciativas para a população mais pobre e denuncia isenções bilionárias a quem “nunca paga imposto”

Pressionado pelas críticas sobre cortes em áreas sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu com firmeza nesta quinta-feira (12) e prometeu lançar pelo menos três novos programas voltados à população mais vulnerável do país. Em tom indignado, Lula comparou os recursos destinados aos mais pobres com os privilégios dados aos mais ricos.

“Vocês sabem quanto o Brasil deixa de arrecadar por causa dos ricos que não pagam imposto? R$ 860 bilhões. Isso é quatro vezes o orçamento do Bolsa Família”, disparou. “Quando é para eles, o nome é ‘investimento’. Quando é para vocês, é ‘gasto’. Isso precisa acabar.”

O presidente fez as declarações durante evento no Palácio do Planalto, visivelmente incomodado com a narrativa de que seu governo estaria cortando recursos sociais. Lula disse que, enquanto enfrentava cobranças por cada centavo destinado aos mais pobres, os grandes empresários e milionários continuam sendo beneficiados com isenções fiscais bilionárias.

Sem entrar em muitos detalhes, ele adiantou que pelo menos três novos programas estão sendo desenhados para reforçar a rede de apoio social. As áreas devem envolver inclusão produtiva, apoio a famílias de baixa renda e ampliação de acesso a serviços públicos essenciais.

A fala de Lula também teve como alvo a forma como o debate econômico costuma ser conduzido no país: “Quando é pra gente investir em quem mais precisa, dizem que estamos ‘gastando demais’. Mas quando é pra perdoar dívida de grande empresário, aí chamam de ‘política fiscal inteligente’”, ironizou.

O anúncio dos novos programas acontece em um momento em que o governo tenta equilibrar as contas públicas, pressionado pelo Congresso e por setores do mercado financeiro. Lula, porém, insiste que é possível governar com responsabilidade fiscal sem abandonar os compromissos sociais que o elegeram.

“Não me venham dizer que não há dinheiro. Dinheiro tem, o que falta é justiça na forma como ele é distribuído”, concluiu.

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