Lula reclama da ausência de governadores em evento sobre investimentos do PAC

Lula mencionou a ausência de Tarcísio de Freitas e atribuiu a falta de gestores estaduais ao que chamou de ‘imagem negativista’ deixada por Bolsonaro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou descontentamento nesta sexta-feira (26) com a ausência de governadores em uma cerimônia no Palácio do Planalto, onde foram anunciados investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo federal planeja investir R$ 41,7 bilhões em projetos de mobilidade urbana, saneamento básico, abastecimento de água e drenagem em várias regiões do país.

Estavam presentes apenas 8 dos 27 governadores esperados: Jerônimo Rodrigues (Bahia), Raquel Lyra (Pernambuco), Elmano de Freitas (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Renato Casagrande (Espírito Santo), Rafael Fonteles (Piauí), Fábio Mitideri (Sergipe) e Wilson Lima (Amazonas). Representantes de São Paulo, Pará e Mato Grosso do Sul compareceram na forma de vice-governadores.

Lula sugeriu que a ausência de alguns governadores, incluindo Tarcísio de Freitas de São Paulo, poderia estar relacionada à “imagem negativista” deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele ressaltou a importância de uma convivência democrática respeitosa e da colaboração entre os diferentes níveis de governo para o bem-estar do país.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também esteve ausente, justificando dificuldades logísticas, pois o aeroporto de Porto Alegre está fechado para voos. O estado receberá R$ 6,5 bilhões para obras de drenagem, destinadas a prevenir inundações como as ocorridas em maio. Os ministros Rui Costa e Jader Filho, questionados sobre a ausência de Leite, reafirmaram que o PAC atende às necessidades da sociedade, independentemente das afiliações políticas dos governadores.

Lula também criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sem mencioná-lo diretamente, por suas declarações sobre o aumento do salário mínimo e suas possíveis implicações na inflação. Lula discorda do atual nível das taxas de juros no país, uma questão que ele tem abordado desde o início de seu terceiro mandato.