Lula Reúne Ministros para Avaliar Projeto sobre Dívidas dos Estados

Lula Reúne Ministros para Avaliar Projeto sobre Dívidas dos Estados

Proposta promete alívio fiscal para estados, mas gera preocupação com impacto bilionário nos cofres públicos

Na manhã desta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros para discutir o projeto de lei que propõe um novo regime de renegociação das dívidas estaduais com a União. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência confirmou que a reunião, iniciada às 10h30, faz parte de uma série de debates sobre o tema, que também foi abordado em um encontro anterior na terça-feira (7).

Participação e Objetivos da Proposta

Além de Lula, participaram da reunião nomes importantes como o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os líderes do governo no Congresso e no Senado, Randolfe Rodrigues e Jaques Wagner, respectivamente.

O projeto em discussão tem como objetivo principal implementar o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que oferecerá condições mais favoráveis para estados endividados. Entre os benefícios estão a redução do indexador das dívidas, variando de 0% a 2%, e um prazo de 30 anos para o pagamento.

Polêmica e Impacto Fiscal

Embora a proposta traga alívio para os estados, seu impacto fiscal bilionário preocupa o governo federal. Um dos pontos mais controversos é o trecho que permite o uso de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), criado pela reforma tributária, para abater parcelas da dívida estadual com a União.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), defendeu a inclusão dessa medida, mas ela foi rejeitada por integrantes do Ministério da Fazenda. Lula sinalizou que deve vetar essa parte do texto.

Cenário Econômico e Projeções

Apesar das preocupações fiscais, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou o cumprimento do arcabouço fiscal e mostrou otimismo quanto ao crescimento do agronegócio brasileiro em 2025, estimado em mais de 4%.

A reunião desta quinta-feira é vista como decisiva para alinhar os últimos detalhes da proposta e avaliar os impactos econômicos e políticos de sua implementação. O governo busca equilibrar o apoio aos estados endividados com a responsabilidade fiscal necessária para manter as contas públicas sob controle.

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