Lula Sobrevoa Parque Nacional de Brasília em Chamas: Um Espectáculo de Inação em Meio ao Caos
Presidente afirmou que conversará com ministra Marina Silva (Meio Ambiente) na segunda-feira para tratar sobre a emergência climática
Em uma cena que parece mais um espetáculo de lamentável inação do que um ato de liderança, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoou o Parque Nacional de Brasília em chamas neste domingo, 15 de setembro. A área devastada pelo fogo já consome 1,2 mil hectares de vegetação, uma extensão que poderia ser descrita como um mar de destruição, se não fosse o fato de que a imagem é real e dolorosa.
Lula e a primeira-dama Janja, em um passeio aéreo que não pode ser mais simbólico do desdém pela crise, testemunharam de cima o incêndio que parece ter engolido o parque inteiro. Enquanto a fumaça e o calor tomavam conta do cenário, o presidente tentou tranquilizar a população com uma mensagem no BlueSky: “Hoje, sobrevoei o Parque Nacional atingido por um incêndio de grandes proporções, como tantos outros que assolam o país. O governo federal está atuando junto com o Corpo de Bombeiros do DF para combater as chamas.”
Mas, vamos ser sinceros: essa imagem do presidente observando a catástrofe de um helicóptero é um retrato claro de como a administração atual está distante da realidade no chão. Lula anunciou que se reunirá com a ministra Marina Silva na segunda-feira para discutir as estratégias de combate ao que ele chamou de “emergência climática”. É um movimento que, embora pareça promissor, soa como um tapa na cara daqueles que estão na linha de frente, lutando contra as chamas.
Enquanto a seca em Brasília atinge níveis alarmantes — com a cidade completando 145 dias sem chuva e se aproximando da segunda pior estiagem da sua história —, o governo faz promessas que parecem tão vazias quanto o céu seco. O incêndio no Parque Nacional, originado fora da área, foi rapidamente alimentado pela seca implacável e a umidade relativa do ar, que despencou para níveis perigosos.
O Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e o Corpo de Bombeiros do DF, juntamente com brigadistas do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), enfrentam o fogo inclemente, enquanto Lula se prepara para uma reunião que muitos temem não trará resultados concretos. A sensação é de que estamos assistindo a um filme de ficção em que o presidente faz um tour para ver o caos, em vez de tomar medidas efetivas e imediatas.
A indignação é palpável. Em tempos de crises ambientais severas e uma seca que parece desafiar qualquer esperança de alívio, o espetáculo do presidente sobrevoando a devastação apenas aumenta o sentimento de impotência. Lula promete conversar e coordenar ações, mas a impressão que fica é que, para ele, o verdadeiro combate aos incêndios começa depois que o cenário está em plena desintegração.
A nação observa e se pergunta: será que as promessas e as visitas aéreas serão suficientes para apagar o inferno que se alastra pelo Parque Nacional de Brasília? Ou o que veremos será apenas mais uma página de um roteiro de inação e desdém em meio à calamidade?