Lula solta o verbo: Eduardo é “terrorista” de botas lambidas nos EUA

Lula solta o verbo: Eduardo é “terrorista” de botas lambidas nos EUA

Presidente não poupa críticas a Bolsonaro Jr. e alerta para interferência estrangeira no Brasil

Na coletiva desta terça-feira (3), o presidente Lula não segurou a língua ao responder sobre as ameaças dos Estados Unidos de sancionar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Com a firmeza de quem não quer passar vergonha internacional, Lula classificou a possível intervenção americana como “inadmissível” e um atentado à soberania do país.

— “Os EUA precisam aprender que respeitar as instituições dos outros é regra básica”, cutucou o presidente, que saiu em defesa ferrenha de Moraes: “Não vamos apenas proteger o ministro, vamos defender a Suprema Corte inteira”.

Mas o presidente não parou por aí. Num tom que mistura indignação e sarcasmo, Lula disparou contra Eduardo Bolsonaro, o deputado licenciado que, segundo ele, largou o mandato para virar capacho nos bastidores de Washington.

— “Tem um cidadão que sai do mandato pra ficar lambendo as botas do Trump, pedindo até intervenção no Brasil. Isso é repugnante, antipatriótico e impossível de aceitar”, sentenciou, sem nem citar o nome do filho do ex-presidente, mas deixando claro para quem era o recado.

A confusão toda veio depois que Marco Rubio, secretário de Estado americano, soltou no Congresso dos EUA que o governo estuda sancionar Moraes com base na Lei Magnitsky, que pune corrupção e violações de direitos humanos. Eduardo Bolsonaro, que já é alvo de investigação do próprio Moraes, tem articulado com aliados republicanos essa ofensiva contra o ministro brasileiro.

Lula ainda avisou que, se a punição americana sair do papel, o Brasil vai responder na mesma moeda, podendo levar o caso à Organização Mundial do Comércio — afinal, revidar é questão de honra e soberania.

No fundo, o presidente deixa claro que não vai aceitar que um deputado que deveria defender o país fique passeando pelo mundo atrás de ordens para minar as instituições nacionais. É o Brasil contra as interferências, e o Brasil é, ou deveria ser, maior que os interesses particulares.

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