Lula volta a acusar Israel de genocídio e critica expansão de assentamentos na Cisjordânia

Lula volta a acusar Israel de genocídio e critica expansão de assentamentos na Cisjordânia

Presidente mantém tom duro contra o governo israelense e condena, junto ao PSB, novos avanços sobre território palestino

Em mais um discurso forte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a acusar Israel de cometer genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza. A declaração foi feita neste domingo (1º), durante o congresso nacional do PSB, que oficializou João Campos, prefeito de Recife, como novo presidente do partido.

Lula também condenou de forma enfática o anúncio feito na última quinta-feira (29) pelo governo israelense, que prevê a criação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território ocupado. O Palácio do Planalto, inclusive, divulgou nota oficial classificando a decisão como uma afronta às leis internacionais.

“O que estamos assistindo não é uma guerra, é um massacre. É um genocídio, com um exército altamente armado matando mulheres e crianças”, disparou o presidente, mantendo o tom que já havia causado forte reação da comunidade judaica no Brasil semanas atrás, quando fez declaração semelhante. Na ocasião, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) acusou Lula de antissemitismo.

Durante o evento, Lula leu a nota publicada pelo governo brasileiro, que afirma que a decisão de Israel “viola flagrantemente o direito internacional” e desrespeita o parecer da Corte Internacional de Justiça, que, em julho de 2024, considerou ilegal a ocupação contínua dos territórios palestinos.

🔥 A escalada do conflito:

O anúncio de novos assentamentos foi feito pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que afirmou ser uma “decisão histórica” para o fortalecimento das colônias judaicas na região que eles chamam de Judeia e Samaria, nome usado pelos israelenses para se referir à Cisjordânia.

Segundo o mapa divulgado pelo partido de direita Likud, liderado por Benjamin Netanyahu, os 22 assentamentos estarão espalhados por toda a Cisjordânia. Duas dessas localidades, Homesh e Sa-Nur, já haviam sido evacuadas em 2005, mas agora serão reocupadas, em mais um movimento que agrava as tensões com a comunidade internacional.

⚠️ Governo mais radical da história de Israel:

A coalizão que governa Israel hoje, formada em dezembro de 2022, reúne partidos ultranacionalistas, ultraortodoxos e de extrema direita — considerada a mais radical da história do país. As decisões recentes, tanto na condução da guerra em Gaza quanto na expansão dos assentamentos, vêm isolando ainda mais Israel no cenário global.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias