
Lula volta a atacar a direita e dispara em Paris: “Há uma corrente nazista, fascista e negacionista no mundo”
Com discurso de ataque, Lula volta a mirar a oposição, repete chavões e promete que Bolsonaro será julgado como criminoso pela pandemia
Em mais um discurso recheado de ataques contra a direita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom durante um evento em Paris, na França, e não poupou críticas à oposição — prática que já virou rotina em sua trajetória.
Em meio a uma plateia de ministros e parlamentares aliados, Lula afirmou que o mundo precisa estar preparado para enfrentar uma “corrente nazista, fascista e negacionista” — como ele mesmo definiu. Segundo o presidente, a democracia estaria sob ameaça e, mais uma vez, o alvo principal foram os conservadores e os movimentos de direita espalhados pelo mundo.
“Se a gente não levar a democracia muito a sério, corremos o risco de perder tudo que conquistamos desde a Segunda Guerra Mundial. Tem uma extrema-direita, nazista, fascista, negacionista, que nega as instituições, a política, os sindicatos e a cultura. E isso está crescendo em muitos países”, disparou Lula, sem qualquer constrangimento em generalizar e estigmatizar milhões de pessoas que pensam diferente.
Como não poderia faltar, sobrou também para Jair Bolsonaro. Lula voltou a prometer que o ex-presidente, a quem chamou de “criminoso”, será julgado por sua gestão na pandemia. Sem apresentar qualquer autocrítica sobre seus próprios erros na condução do país, Lula insistiu no velho roteiro de responsabilizar Bolsonaro pelas mortes da covid e, de quebra, atacou sua visão sobre o meio ambiente.
“Vai chegar o dia em que Bolsonaro será condenado como criminoso por não respeitar a ciência. Ele deixou morrer mais de 700 mil brasileiros, incentivando o uso de remédios ineficazes e dizendo absurdos como que vacina fazia virar jacaré, mulher ou gay. E além de não acreditar na ciência da saúde, também nega a crise climática, colocando em risco o futuro da humanidade”, afirmou.
O discurso em Paris deixou evidente, mais uma vez, que Lula não se cansa de dividir o mundo entre “nós” e “eles”, alimentando o ódio, a polarização e desrespeitando quem não compartilha de sua visão ideológica. Para quem prometia união e pacificação no país, o que se vê é o contrário: mais ataques, mais rótulos e mais combustível para o fogo da divisão.