Maduro acusa opositor de planejar golpe na Venezuela
Edmundo González é parte da oposição que Maduro permitiu na “eleição”, que foi marcada para a data em que se comemora o aniversário de Chávez
Nicolás Maduro acusou Edmundo González Urrutia, o candidato escolhido pela oposição para disputar a eleição presidencial na Venezuela, de planejar um golpe por se recusar a assinar um acordo para respeitar o resultado das eleições.
“Ontem assinamos um acordo pela paz na Venezuela, pelo respeito aos resultados eleitorais, pelo respeito ao árbitro. De dez candidatos, oito assinaram”, afirmou Maduro na sexta-feira, 21, durante um comício.
“Por que você acha que eles não assinaram o acordo para respeitar o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] e os resultados? Porque pretendem gritar fraude, porque pretendem dar o golpe de Estado.”
Em seu discurso, Maduro evitou citar o nome de Edmundo Gonzalez. O candidato chamou o acordo pró-governo de uma “imposição unilateral”.
González, de 74 anos, é parte da oposição permitida por Maduro na “eleição”, marcada para o aniversário de Hugo Chávez. Com várias ameaças ao processo eleitoral (a foto de Maduro aparece 13 vezes na cédula de votação), o candidato enfrenta o desafio de unir a oposição venezuelana em torno de seu nome e a quase impossível missão de vencer a máquina de Maduro, no poder desde 2013.
O CNE, controlado por Maduro, atendeu a um pedido da Assembleia Nacional, também dominada pelo regime chavista, para revogar o convite aos observadores europeus.