“Maduro Endurece Regime: Nova Lei Bane Opositores da Política por Até 60 Anos”

“Maduro Endurece Regime: Nova Lei Bane Opositores da Política por Até 60 Anos”

Assembleia chavista aprova norma que mira críticos de sanções internacionais e fortalece o controle do presidente

A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pelo governo, aprovou nesta quinta-feira (27) uma nova lei que pode banir da política por até 60 anos qualquer pessoa que apoie sanções internacionais contra o país. A proposta, batizada de Lei Libertador Simón Bolívar, contou com o aval unânime dos parlamentares e tem como principal objetivo afastar opositores do regime de Nicolás Maduro.

Uma lei para calar dissidentes
Além de impedir que opositores disputem eleições, a nova regra permite que processos contra essas pessoas ocorram mesmo à revelia. Com isso, líderes que já enfrentam restrições, como María Corina Machado – proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos –, veem o cerco se fechar ainda mais.

O presidente Maduro, que declarou vitória em uma contestada eleição presidencial em julho contra Edmundo González, tem enfrentado críticas internas e externas. Diversos países, incluindo os Estados Unidos, reconhecem González como o presidente eleito legítimo da Venezuela.

Resposta a sanções internacionais
A aprovação da lei ocorre em meio a tensões crescentes com os EUA. Recentemente, a Câmara dos Representantes norte-americana aprovou sua própria “Lei Bolívar”, que proíbe órgãos governamentais de contratar pessoas com negócios ligados ao governo de Maduro. A medida, que ainda depende do Senado, foi duramente criticada pelo líder venezuelano, que a chamou de “lixo”.

Controle cada vez mais rígido
Especialistas e críticos apontam que as proibições políticas, recorrentes no país, são parte de uma estratégia para consolidar o poder de Maduro e sufocar qualquer forma de oposição. Enquanto isso, o regime continua a adotar medidas para controlar vozes dissonantes e reafirmar seu domínio sobre a Venezuela.

A nova lei intensifica o isolamento político do país e reflete os esforços do chavismo para manter o poder diante da crescente pressão internacional e do clamor por mudanças democráticas.

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